sexta-feira, 13 de abril de 2018

A língua viperina do Anselmo Borges

 

“Se se trata somente de organizar um paraíso na Terra, os sacerdotes sobram. O diabo basta”.

Nicolás Gómez Dávila 


Não sei se o Anselmo Borges continua a ser sacerdote da Igreja Católica; se for esse o caso, há muito tempo que a Igreja Católica o deveria ter “despedido” — não digo “excomungado”, mas “dispensado” pela Igreja Católica. Ele não faz falta; o diabo basta.

Desta vez o Anselmo Borges vem dizer que “o diabo não existe” — o que é a melhor forma de ser diabólico. E o diabo agradece muito ao Anselmo Borges.

“O maior erro humano não é o de anunciar que Deus morreu: é o de acreditar que o Diabo está morto”.

Nicolás Gómez Dávila 

O Anselmo Borges não tem autoridade — nem de facto, nem de direito — para “decretar” seja o que for em matéria teológica.

O Anselmo Borges é um indivíduo intelectualmente medíocre quando não percebe as suas limitações. É esta mediocridade, por um lado, e o acesso aos me®dia e à ruling class, por outro lado, que transformam o Anselmo Borges em um indivíduo particular- e perigosamente nefasto à nossa sociedade.

O Anselmo Borges faz parte da merda que nos governa.


“O erro não se faz notar senão à sombra da verdade. Até o diabo se escapa, aborrecido, de onde o Cristianismo se extingue”
Nicolás Gómez Dávila 

A ideia do Anselmo Borges em relação ao diabo e às suas (do diabo) manifestações terrenas, é análoga à dos positivistas em relação à ciência: “se as possessões demoníacas não foram ainda todas explicadas pela ciência, irão ser explicadas um dia, nem que seja daqui a 4.000 milhões de anos”.

Ou assemelha-se à ideia do zoólogo Richard Dawkins [o mesmo que diz agora que, afinal, temos que voltar a adoptar a cultura cristã] que afirmou (mais ou menos isto) que “se uma imagem da Virgem Maria descer do altar de uma igreja pelos seus próprios meios, e sair desta pelas suas próprias pernas, terá que haver necessariamente uma explicação positivista e naturalista para esse facto”.

É neste contexto cultural, positivista e naturalista, que se insere o Anselmo Borges: não me surpreenderia (absolutamente) nada que ele passasse a escrever no blogue do Carlos Fiolhais. Há nas duas avantesmas coimbrinhas o mesmo tipo de benevolente condescendência paternalista em relação ao estatuto de inferioridade do homem religioso.

Sem comentários:

Enviar um comentário

Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.