Fazendo uma analogia: o CDS de Assunção Cristas é uma espécie de facção menchevique do partido social-democracia russo do início do século XX — facção esta que soçobrou em confronto com a facção dos bolcheviques (liderada por Lenine) do mesmo partido.
Não devemos esquecer que Lenine militou no partido social-democrata russo, antes de aderir ao Partido Comunista russo que executou o golpe-de-estado de 1917.
O CDS de Assunção Cristas fecha a Esquerda à direita.
Quando saiu da presidência do CDS, Paulo Portas deixou o partido armadilhado; e dessa armadilha faz parte o apoio explícito e público de Paulo Portas à eleição de Assunção Cristas para a presidência do partido. Enquanto existirem “fanchonos orgulhosos” nos órgãos de direcção do CDS, este partido nunca será de Direita.
Eu nunca vi um heterossexual dizer que se sente “orgulhoso” por ser heterossexual; e por isso não admito — na direcção de um partido que se diz de Direita — que um fanchono se sinta orgulhoso por se apanascar. E também não é admissível que um dirigente fanchono de um partido dito de “Direita” defenda a legalização da adopção de crianças por pares de invertidos.
Alguém que diga à Assunção Cristas uma coisa muito simples: a Direita não se reduz à economia — embora a Assunção Cristas vá contra liberdade de mercado ao defender a lei das quotas para as empresas privadas. É é isto que dirige a “Direita” portuguesa...
Não é apenas a economia que faz a política. A política é feita de valores, em geral, e não apenas de dinheiro. O dinheiro é muito importante, mas não é tudo na política. Aliás, a economia depende muito da cultura antropológica e dos valores éticos prevalecentes na sociedade.
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