O Henrique Pereira dos Santos acaba por legitimar aqui o conceito do «bom político português: “rouba, mas faz obra!”».
Aliás, este conceito do “bom político ladrão” é o mesmo que reelegeu Lula da Silva, no Brasil; e eu lembro-me de o Henrique Pereira dos Santos criticar a cleptocracia lulista no Brasil. O problema da "Direitinha" é que só legitimiza o conceito de “bom político ladrão” quando o político pertence à "Direitinha": quando o político é Esquerda? cruzes canhoto!
Só um burro, ou ignorante, não vê que a continuidade de um “bom político ladrão” no Poder, pode alterar decisivamente o decurso da investigação judicial. No caso do Henrique Pereira dos Santos, não é burro nem ignorante; ele apenas faz de conta que não vê, o que faz dele um cínico. E para obnubilar o seu cinismo, acusa quem vê de “populismo judicialista”.
“Populismo” e “demagogia” são termos que a classe política dita “democrata” utiliza quando a democracia a assusta.
O Henrique Pereira dos Santos faz de conta que não existem sinais exteriores de riqueza excessiva e injustificada nos casos dos “bons políticos ladrões” que pertencem à "Direitinha" (seja no caso do Albuquerque, ou no caso do Isaltino) — tudo isto em nome de uma putativa inutilidade de banais e meras “discussões jurídicas” no Supremo Tribunal de Justiça.
É espantoso como esta gente se protege mutuamente, com exercícios académicos de retórica que tentam justificar a institucionalização da corrupção e do nepotismo na política, e, alegadamente, em nome da “democracia”.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Neste blogue não são permitidos comentários anónimos.