domingo, 16 de fevereiro de 2014

O silêncio dos defensores portugueses da eutanásia

 

A notícia segundo a qual a Bélgica legalizou a eutanásia para crianças sem qualquer limite de idade, foi recebida com um silêncio de morte por parte dos defensores portugueses da eutanásia, na sua maioria da esquerda maçónica, mas também do Bloco de Esquerda e de uma certa “direita” libertária. Não vi nada escrito sobre o assunto, e não sei explicar esse silêncio senão pelo total absurdo que a eutanásia de crianças implica.

bandeira belgaPerante os critérios de inimputabilidade moral e jurídica que o Direito contempla o estatuto da criança, estamos, atónitos, perante uma contradição fundamental que roça a irracionalidade mais abjecta: por um lado, as crianças não podem ser juridicamente e moralmente responsabilizadas se cometerem um acto de assassínio; mas, por outro lado, já podem ser juridicamente e moralmente responsáveis para decidirem a sua própria morte. O legislador belga não responsabiliza (integralmente) as crianças se estas atentarem contra a integridade física de outrem, por um lado; mas, por outro lado, dá às crianças liberdade total para atentarem contra a sua própria integridade física.

Como escreveu Christian Vanneste, a esquerda europeia e maçónica (com o beneplácito da “direita” libertária, acrescento eu) desistiu das reformas no âmbito da economia e passou à revolução da moral — nomeadamente através da inversão e perversão dos tabus tradicionais na esfera da família e da concepção da pessoa. Essa inversão, maçónica, esquerdista, alegadamente “libertária” e perversa, dos tabus, passa pela exaltação da autonomia individual mas sempre desprovida de qualquer culpa: é um sistema que permite a eutanásia de crianças inocentes de 12 anos, por exemplo, mas já não permite a punição da culpa de um adolescente de 17 anos.

Estamos a lidar com uma classe política perversa e próxima da “loucura” aqui entendida em termos do senso-comum. Esta gente é louca, e como tal deve ser tratada. Não devemos dar um “palmo de terreno” à maçonaria, por exemplo: essa gentalha deve ser combatida sem quartel e através de todos os meios considerados adequados.

2 comentários:

  1. "essa gentalha deve ser combatida sem quartel e através de todos os meios considerados adequados."
    Pois. O revolver .38 que o nosso ranger muito defende deve bastar para isso...

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    1. Um revólver serve — apenas e só! — para defesa pessoal. Por favor não confundir o rei “Nabucodonosor” com “NaboNoCuDoSôr”.

      Repare bem no termo: “defesa pessoal”. “Defesa” não significa “ataque”. “Defesa pessoal” é um direito cívico que foi devidamente formatado e normalizado pelo Direito Natural do século XVII, e que se escora na Lei Natural que reconhece o direito à auto-conservação da pessoa.

      Os seus argumentos não resistem à crítica de um estudante do 12º ano de escolaridade. A ideia segundo a qual “um indivíduo deve ter um arsenal inteiro em casa para sua defesa pessoal” só pode vir de uma pessoa com graves lacunas de raciocínio.


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