quinta-feira, 20 de fevereiro de 2025

O revolucionário Donald Trump


Uma das características da mente revolucionária é a inversão da moral. Trata-se de uma moral teleológica (a de Donald Trump): os fins justificam todos os meios possíveis.

Outra característica do arquétipo mental revolucionário de Donald Trump é a inversão do sujeito-objecto: a culpa dos actos de horror causados pela guerra na Ucrânia, segundo Donald Trump, é das vítimas agredidas (os ucranianos): as vítimas civis da agressão russa não foram assassinadas: antes, suicidaram-se, porque não se submeteram a Putin.

Segundo Donald Trump, a submissão da Ucrânia a Putin teria salvo centenas de milhares de vítimas.

A noção de “liberdade política”, para Donald Trump, é, assim, condicionada pelo pragmatismo — não no sentido vulgar de “pragmatismo”, mas no sentido ideológico do pragmatismo americano que evoluiu a partir do início do século XX.


Donald Trump tentou sacar praticamente todos os recursos físicos da Ucrânia, através da intenção de celebrar um contrato leonino que pretendia o monopólio da exploração das “terras raras” da Ucrânia. Ora, Zelensky não aceitou a proposta americana — não só pelas “terras raras”, mas porque Donald Trump pretendia também o monopólio da exploração de “gás, petróleo, portos e outras infra-estruturas” da Ucrânia.

Mais: Donald Trump pretende ter o controlo privilegiado da compra de licenças sobre minerais exportáveis pela Ucrânia, assim como o controlo das condições contratuais de todos os projectos futuros a realizar na Ucrânia.

A Ucrânia seria, assim, transformada, literalmente, por Donald Trump em uma colónia americana sem um disparo de fuzil.

Entre as exigências de Donald Trump, está o controlo dos depósitos de lítio da Ucrânia, quantificados em cerca de 500 mil toneladas de oxido de lítio.

Outro recurso físico que Donald Trump exige de Zelensky, é o urânio ucraniano: a Ucrânia é o maior produtor europeu de urânio, com 2% da produção mundial e com extracção de 107 mil toneladas que constituem o dobro da extracção americana de urânio.

Outra exigência de Donald Trump é o controlo do grafite ucraniano: a mina de Zavallia, no centro da Ucrânia, é uma das maiores do mundo, e estima-se uma produção anual de 50 mil toneladas de grafite.

Por fim, Donald Trump pretende a exclusividade da exploração de titânio e berílio ucranianos. A Ucrânia é um dos produtores-chave de titânio, que é necessário para a indústria aero-espacial e aplicações médicas. E quanto ao berílio, a Ucrânia tem já uma mina no noroeste do país que é uma das maiores do mundo.

O que é extraordinário é que Donald Trump serve-se da ameaça de Putin para remeter a Ucrânia para uma situação de colónia, no sentido histórico do termo.

Se a Esquerda americana de Joe Biden era má, Donald Trump não é melhor.

domingo, 2 de fevereiro de 2025

A Leitoa



Marcelo Rebelo de Sousa é um caso freudiano


Marcelo Rebelo de Sousa não é de Direita; nem coisa que se pareça. Nenhum político de Direita faria uma visita privada a Fidel Castro, poucos meses antes da morte deste.

Marcelo Rebelo de Sousa é um esquerdalho que não saiu do armário; é um caso freudiano.

O povo português está a ser enganado há 50 anos, com uma pseudo-direita que nada mais é do que uma facção da Esquerda, uma quinta-coluna da desgraça.



O Anselmo Borges é um individuo desprezível, inqualificável, sem nome possível


O Anselmo Borges faz aqui (ver ficheiro PDF) o elogio de uma sacerdotisa anglicana lésbica que criticou directa- e pessoalmente o Donald Trump por este acabar com a política LGBTQPBBQ+ de castração dos jovens.

Ou seja, o Anselmo Borges concorda com a castração (“woke” e “transgénera”) dos jovens.

Isto, vindo de alguém que se diz “católico”, é execrável. Nem o papa Chiquinho foi tão longe no endosso da Ideologia de Género.

O Anselmo Borges está espiritualmente morto; é um cadáver espiritual. Uma besta. Não vai fazer falta nem deixar boa memória. Que se f*da. A morte dele não irá deixar lembrança. Que a terra lhe pese como chumbo!



sábado, 25 de janeiro de 2025

O Pedro Arroja não faz falta: pode ir à vidinha dele!


“Se, no prazo de uma semana, o Presidente da Direcção do CHEGA, André Ventura, não apresentar um pedido de desculpa aos militantes, na segunda-feira seguinte seguirá a minha carta de desfiliação”.

Pedro Arroja

Ontem já era tarde. Faz tanta falta como um cão na missa católica.


O Pedro Arroja parece saber muito de economia; mas, sendo assim, sabe pouco, com excepção de economia.

As “análises históricas” do Pedro Arroja são de bradar aos céus — por exemplo, quando ele critica a Igreja Católica por (alegadamente) ser “anti-capitalista”.

Os franciscanos (católicos) da Alta Idade Média foram os primeiros teóricos da riqueza.

Foram os franciscanos que em nome do justo uso e da liberdade de contratar, justificam as práticas de enriquecimento da sociedade do início do século XIV (estamos no tempo de Filipe, o Belo, em França, da sua querela política com o Papa Bonifácio, e da extinção da Ordem dos Templários).

O prémio de seguro de risco (aplicado no comércio, por exemplo, mas também nas propriedades privadas) foi “inventado” pelos frades menores franciscanos no século XIII (os “Fratelli”), e os templários utilizavam taxas de juro na suas transacções financeiras na Europa do mesmo século.

A defesa da proibição da taxa de juro era apenas uma corrente ideológica mais radical (desde Santo Ambrósio, no século V, até S. Bernardo, no século XV) da Igreja Católica, que não era unânime e nem sequer maioritária.

No século XV, os frades católicos italianos fundaram uma instituição bancária de nome Monti di Pietá, que abriu várias sucursais em cidades italianas. É desta instituição italiana Monti di Pietá que adveio o nome do Banco Montepio.

O espírito de livre comércio, do “laissez faire laissez passer”, nasceu na França católica do século XVII com Boisguilbert e com os fisiocratas.

O liberalismo económico nasceu na França profundamente católica — só mais tarde surgiu a escola escocesa de Smith e apaniguados.

O Pedro Arroja é um burro com alvará de inteligência em economia. Não faz falta.

Marques Mendes na presidência da república



O histriónico João Távora, ou quando o centro político é de esquerda


Escreveu o histriónico João Távora:

“Enganam-se os simpatizantes do Chega que reclamam para si o feito do discurso da imigração descontrolada estar a alcançar o espaço político do centro-esquerda. Na realidade julgo que a estratégia histriónica de André Ventura foi contraproducente. As causas políticas e as grandes reformas alcançam-se na conquista do centro político, não há outra forma.”


Talvez seja necessário que alguém explique ao João Távora o que é a Janela de Overton. Uma das grandes realizações do CHEGA foi a de reorientar a Janela de Overton, ou seja, mudar o centro político.

Ora, para o João Távora e compagnons do Corta-Fitas, o centro político só pode ser o que existia antes do CHEGA no parlamento: não pode ser outro, ou será heresia!.

Ou seja, o Corta-Fitas faz parte do problema que transforma o Partido Socialista, radical da Alexandra Leitão e Isabel Moreira, em “centro político”. Ou, como diria o Daniel Oliveira, “o Bloco de Esquerda é um partido social-democrata”; e o histriónico João Távora parece concordar.

Razão tinha o Eric Voegelin:

“Quando a episteme está destruída, as pessoas não páram de falar de política; mas agora só se expressam em forma de doxa”.