quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

A Lei 67/2025 ou Lei dos Okupas, e a Direita esquerdista do PSD/CDS


Desde que Paulo Portas se apoderou do CDS (1997), eu sempre disse que “o CDS fecha a Esquerda à direita” — ou seja, a Esquerda tinha e tem um espectro político que vai da extrema-esquerda (Bloco de Esquerda) até ao chamado “centro político” (CDS).

O CDS só foi de Direita com Adriano Moreira e Manuel Monteiro, e talvez com Lucas Pires. A partir da tomada de poder, no partido, de Paulo Portas, o CDS tem vindo “a fechar a Esquerda à direita”.

Hoje, o PSD absorve o CDS de Nuno Melo, e ambos os partidos “fecham a Esquerda à direita”.

A lei dos Okupas, ou seja, a Lei 67/2025 de 24 de Novembro, é um exemplo de uma lei de uma pseudo-direita maçónica:

  • com a alteração do Código Penal, estabelece as penas para os Okupas;

  • mas, através da alteração do Código de Processo Penal, a alteração referida do Código Penal é “minada” através da definição clara da possibilidade de discricionariedade de juízo por parte do juiz (Artº 200, nº 8), por um lado, e por outro lado através da revogação automática da culpa e da pena aplicável no Código Penal se “tiver lugar a desocupação voluntária do imóvel” (idem, nº 9).

Ou seja: eu ocupo uma casa, o juiz pode ou não (discricionariamente) obrigar a desocupação imediata; mas se eu sair da casa voluntariamente, segue-se que então não há crime e nada me acontece.

Esta lei é de Esquerda.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2025

terça-feira, 2 de dezembro de 2025

Viva o racismo !

PESSOAS NEGRAS web

É isto que me obriga a ser racista. Eu não queria, mas sou obrigado, pela lógica imposta pela realidade política.

A política correcta impele-nos ao racismo — porque a “discriminação” dita “positiva” é uma forma prática de racismo. Somos racistas porque não temos alternativa: somos impelidos para o racismo pela lógica do sistema.

Se as pessoas no cartaz fossem brancas, a DGS não “apagaria” o cartaz porque — alegadamente — não seria discriminatório. O cartaz só é discriminatório quando as pessoas são negras.

Viva o racismo!

Donald Trump é uma ameaça ao Direito Internacional


A coberto da guerra ao narcotráfico, Donald Trump prepara-se para deitar as manápulas ao petróleo da Venezuela. A promessa eleitoral de Trump segundo a qual ele não iniciaria qualquer nova guerra vai já por água abaixo.

Depois de invadir e ocupar a Venezuela, Donald Trump irá invadir e ocupar a Gronelândia.

Os Estados Unidos são hoje um espelho invertido da antiga URSS que desrespeita sistematicamente o Direito Internacional, e Donald Trump é hoje tão perigoso para a ordem internacional quanto o é Putin.

A diferença entre Donald Trump e Putin é praticamente nula.

quarta-feira, 26 de novembro de 2025

André Ventura: “Portugal pertence à O.T.A.N., mas não muito...”


Segundo depreendi das palavras de André Ventura de ontem, Portugal deverá permanecer na O.T.A.N., mas se um país da organização for atacado pela Rússia, Portugal não terá nada a ver com isso.

Ou seja, segundo Ventura, Portugal está na O.T.A.N.; mas não está na O.T.A.N..

A posição de André Ventura em relação à Ucrânia não é muito diferente da posição de Marine Le Pen, da AfD (Alternative für Deutschland) e de Viktor Órban; e é muito diferente da posição de Giorgia Meloni, por exemplo.

A pequena diferença entre André Ventura, por um lado, e Viktor Órban ou Marine Le Pen por outro lado, é que o primeiro diz que está solidário com a Ucrânia, embora conclua que não está solidário com a Ucrânia — ao passo que os dois últimos dizem que são claramente a favor da Rússia e contra a Ucrânia. A diferença é uma questão de retórica.

A posição do André Ventura em relação à possibilidade de haver tropas europeias da O.T.A.N. na Ucrânia é um NIN: é como o Melhoral, não faz bem nem faz mal.

Nota: O Portugal de Salazar foi neutral na II Guerra Mundial, mas foi antes de entrar na O.T.A.N..

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Os me®dia e o Sistema já condenam o debate de ideias


Não é por acaso que o radical trotskista Daniel Oliveira se sente bem no semanário Expesso: aquilo é um fojo, um covil, guarida de malfeitores.

democracia perigosa henrique raposo web

Não tarda nada e veremos os me®dia a defender publicamente a legitimidade do regime de Putin. Já faltou mais.

“Demagogia” e “populismo” são os vocábulos que os ditos “democratas” de pacotilha empregam quando a democracia os assusta. A corrupção ideológica do sistema vigente atingiu um nível tal que se legitima agora o fim do debate político.

Na escola de Platão, a democracia repugnava porque (naquele tempo) esta negava a autonomia dos Valores — e não (como diz o idiota) por uma putativa ameaça à verdade.

Pelo menos desde Platão que os “intelectuais” defendem a ideia de que o povo deve ser governado discricionariamente por uma elite, e independentemente da vontade popular — não obstante Karl Popper ter bastamente demonstrado que, ao longo da História, os povos têm errado menos do que as elites governantes.

Defender a legitimidade racional da República de Platão só pode vir de um deficiente cognitivo do quilate do Henrique Raposo.

A retórica cultural substitui hoje a retórica patriótica, nas efusivas expectorações dos tontos como o Henrique Raposo. E partem sempre do princípio de que o povo é tonto.

Temos hoje uma classe social elitista (ruling class) que governa despoticamente de uma forma insidiosamente dissimulada, ao mesmo tempo que defende sub-repticiamente a construção política e social da ausência de classes sociais. Gente como o Henrique Raposo são os lacaios dessa ruling class.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

É preciso reformar a União Europeia; ou acabar com ela


A Cristina Miranda faz aqui uma crítica à União Europeia. Embora eu esteja genericamente de acordo com a crítica, gostaria de colocar aqui uma frase de Nicolás Gómez Dávila:

“O pensamento que quer ser sempre justo, paralisa-se. O pensamento progride quando caminha entre injustiças simétricas, como entre duas filas de enforcados”.

1/ A União Europeia caminha hoje (metaforicamente, “entre duas filas de enforcados”) entre injustiças simétricas, a ver: por um lado, Donald Trump e o seu ódio visceral à União Europeia, a quem acusa de querer destruir os Estados Unidos; e por outro lado, a Rússia, que pretende destruir a União Europeia para reconstruir o velho império russo.

Portanto, a União Europeia está a ser objectivamente acossada por duas potências militares de nomeada.

Perante este acosso, a União Europeia tem duas soluções: ou se desintegra — que é o que deseja ardentemente uma certa elite trumpista aliada a Putin —, ou se defende através de mecanismos políticos que, por vezes, não são consensuais e até podem ser controversos (como podemos ver através da opinião da Cristina Miranda).

Quando a Cristina Miranda critica a União Europeia pelo “caso recente da Roménia, com eleições anuladas e candidatos detidos”, ela não mencionou a claríssima interferência da Rússia nas ditas eleições — porque “o pensamento que quer ser sempre justo, paralisa-se”. O pensamento da Cristina Miranda paralisa-se porque não “caminha entre injustiças simétricas, como entre duas filas de enforcados”.

A alternativa preconizada pela Cristina Miranda (face à Rússia) seria a dissolução progressiva da União Europeia, cumprindo assim os critérios de “justiça” do liberalismo que ela preconiza. É uma solução negativa (a dela). Aplica-se aqui a célebre frase de Edgar Morin:

« (…) a lógica do liberalismo político leva-o a tolerar ideias ou movimentos que têm como finalidade destruí-lo. A partir daí, perante a ameaça, o liberalismo está condenado, quer a tornar-se autoritário, isto é, a negar-se ― provisória ou duradouramente ― a si mesmo, quer a ceder o lugar à força totalitária colocada no poder por meio de eleições legais (Alemanha, 1933) »

→ Edgar Morin (“Pour sortir du XX siècle”, 1981)

Ou o liberalismo europeu se nega, aqui e ali e pontualmente, ou a União Europeia é destruída. Pelo que se vê, a Cristina Miranda defende a sua destruição.

2/ A Cristina Miranda tem razão em três pontos: a) a protecção da União Europeia em relação ao lóbi radical climático (os melancias), b) o fomento por parte da União Europeia da Ideologia de Género na cultura, nas escolas e nos me®dia, e c) a imigração em massa patrocinada pela União Europeia.

Contudo, não nos esqueçamos que estes três aspectos nefastos foram importados dos Estados Unidos.

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  • O Aquecimentismo é um fenómeno cultural anglo-saxónico por excelência baseado em pseudo-ciência e no relativismo próprio do Pós-estruturalismo.
  • A Ideologia de Género também tem origem anglo-saxónica e é uma tentativa neomarxista (marxismo cultural) de levar a igualdade entre seres humanos ao nível do absurdo — não nos esqueçamos que em nome de uma estratégia supostamente infalível para promover a justiça e a igualdade, milhões morreram em dezenas de revoluções socialistas que, em última análise, sempre falharam. 

    A vida é o lugar das hierarquias; só a morte é democrata.

  • A imigração em massa, promovida por uma certa elite composta pela maçonaria irregular que controla ideologicamente a política e os me®dia, é própria de uma sociedade pós-revolucionária cujas elites abominam os conceitos de “nação” e de “fronteiras”. Podemos falar de simbiose entre o Pós-Trotskismo, por um lado, e, por outro lado, a utopia da “Paz Perpétua” de Kant.

A única forma de combater estes três vectores negativos da política da União Europeia é através do voto na Direita que exclua partidos patrocinados pela Rússia de Putin e Dugin — como é o caso da AfD (Alternative für Deutschland) na Alemanha, ou o partido francês da Marine Le Pen, ou ainda o partido de Viktor Órban na Hungria.

Continuamos, aqui, a caminhar entre duas filas de enforcados: num dos lados, a Esquerda utopista e pós-estruturalista que comanda actualmente os destinos dos países da União Europeia; e, por outro lado, a Direita russófila (de Dugin e Putin, aliados a Trump) que pretende claramente a destruição da União Europeia.