domingo, 17 de agosto de 2025

O elogio fúnebre da socialista radical Isabel Moreira a Teresa Caeiro


Há dias escrevi uma crítica ao liberalismo feminista em Portugal, nomeadamente, uma crítica a Teresa Caeiro.
A prova de que eu tenho razão nas críticas que fiz é este encómio fúnebre (no X) de Isabel Moreira a Teresa Caeiro:



Seria impossível vermos um elogio fúnebre, por parte de Isabel Moreira, a uma qualquer mulher da Direita propriamente dita — o que explica como uma (alegadamente) militante do CDS manteve uma relação com um cripto-comunista como é Miguel Sousa Tavares.



sábado, 16 de agosto de 2025

A Traição do Alasca


Donald Trump é um ignorante, em geral. Ortega y Gasset tinha razão acerca da ética pragmatista inventada nos Estados Unidos, e que ainda hoje norteia ignorantes americanos como o Donald Trump.

Em termos de conhecimento da História, Donald Trump é uma nulidade; um zero à esquerda. Donald Trump é intelectualmente sofrível. Provavelmente, o nome de Neville Chamberlain não lhe diz nada: Donald Trump só tem noção do que comeu ontem, e dos peidos que deu hoje.


Em 1938, aconteceu a Conferência de Munique, em que participaram Hitler, Mussolini, o primeiro-ministro francês Édouard Daladier, e o primeiro-ministro britânico Neville Chamberlain.

Depois da Conferência, Neville Chamberlain solicitou uma audiência a Adolfo Hitler nos seus (deste) aposentos privados, ao que este anuiu com alguma complacência. Nesta audiência, Hitler assinou um papelito encorrilhado que dizia “Acordo Anglo-germânico” com três parágrafos, em que se classificada o Acordo de Munique como sendo “um símbolo do desejo dos nossos povos de não entrar em guerra nunca mais”. E Hitler assinou o papelito sem pestanejar.

Neville Chamberlain quis apaziguar a besta nazi, cedendo à Alemanha 20% do território da Checoslováquia, com o compromisso de Hitler não anexar mais território deste país.

Três meses depois da Conferência de Munique, a Eslováquia transformou-se em um Estado fantoche da Alemanha de Hitler; meio ano depois, toda a Checoslováquia fazia parte do III Reich. Onze meses mais tarde, Hitler invadiu a Polónia e deu início à II Guerra Mundial.

Os paralelismos entre Donald Trump e Neville Chamberlain são evidentes, mas vão para além do óbvio.

Chamberlain tinha a desculpa da recente I Guerra Mundial, e qualquer coisa lhe parecia melhor do enviar meio milhão de jovens para a morte nas trincheiras francesas. Donald Trump não tem essa desculpa. O ignorante americano está disposto a oferecer a Putin 20% do território ucraniano só para satisfazer o seu próprio ego. Neste sentido, Donald Trump é incomparavelmente pior do que Neville Chamberlain.

Não há nenhuma razão militar, geopolítica, ou de qualquer outro tipo que justifique apagar oitenta anos de Direito Internacional.

Putin não respeitou qualquer acordo assinado pela Rússia e por ele próprio, desde a sua chegada ao Poder. Desde o Memorando de Budapeste, não houve nenhum Tratado, Acordo, ou Pacto com Putin que este não tenha limpo o cu utilizando os respectivos papelitos encorrilhados.

Antes e depois da anexação da Crimeia, e antes da invasão do Donbass, a Ucrânia e a Rússia tiveram centenas de encontros e reuniões, cujo resultado final foi a brutal invasão de Putin em 2022.

A verdade é só uma: o expansionismo — seja o de Hitler, seja o de Putin — só se apazigua fazendo-lhe explodir uma bomba nas fuças.

A Europa — entendida como um todo, e não só a Ucrânia — está à mercê de um idiota americano extravagante com menos estaleca intelectual do que um menino do Burkina Fasso.

Os historiadores da Chéquia e da Eslováquia classificam o Acordo de 1938 como “Traição de Munique”. Na Europa actual e na Ucrânia, teremos a “Traição do Alasca” como início de uma repetição da História. Tomara que eu esteja enganado.

O pensamento silogístico e científico da SIC Notícias acerca de Pinto Balsemão




Para o canal SIC Notícias, “quando não se prova que uma informação é falsa, então deve-se concluir que essa informação é verdadeira”.

Por exemplo: eu recebo a informação de que o Pinto Balsemão é um grandessíssimo filho-de-p*ta.

Ora, e segundo a SIC Notícias, se não se provar que esta informação recebida seja falsa, então devemos inferir que essa informação é verdadeira.

Aristóteles não diria melhor.

A conclusão silogística e científica da SIC Notícias é a de o Pinto Balsemão é um grandessíssimo filho-de-p*ta, porque não se provou ser falsa a asserção acerca da filha-da-putice da referida criatura.

Os cabrões dos gabinetes do Terreiro do Paço


sexta-feira, 15 de agosto de 2025

As consequências do liberalismo feminista na política portuguesa


Na primeira metade da primeira década do século XXI, ouvi na rádio TSF a Teresa Caeiro (então uma militante proeminente do partido CDS) afirmar (mutatis mutandis) que “hoje já não existe Esquerda nem existe Direita”.

Era a instauração do relativismo político em Portugal. Seria isto talvez em 2002 ou em 2003, em uma entrevista radiofónica.

Teresa Caeiro fez parte de uma moda política prevalecente naquela época, seguida também por mulheres ditas “de Direita” como Teresa Leal Coelho ou Paula Teixeira da Cruz, que valorizaram romanticamente a pusilanimidade das posições tradicionais de Direita, estas baseadas em uma diferente mundividência em relação à Esquerda marxista ou marxizante.

O relativismo político da Teresa Caeiro (et compagnons de route) baseou-se-se na visão liberal de “Fim da História” de Francis Fukuyama, mundividência esta que se revelou desastrosa para a Direita conservadora em todo o mundo Ocidental, e que deu alento ao neomarxismo sob a forma de Wokismo.

A mundividência liberal — personificada em Portugal por mulheres como Teresa Caeiro, Teresa Leal Coelho ou Paula Teixeira da Cruz — trata diferentemente os seus inimigos: vomita nos da Direita conservadora, e tenta absorver os da Esquerda.

O resultado está a vista, para quem quiser ver: o liberalismo resultou desfavorável à liberdade porque ignorou as restrições que a liberdade deve impôr a si mesma para não se auto-destruir.

Na esteira dessas mulheres ditas “liberais”, surgiram posteriormente a Assunção Cristas (que obedecia caninamente às ordens públicas da socialista Isabel Moreira), em primeiro lugar, e depois e recentemente a Mariana Leitão. Todas as mulheres citadas (e as outras mulheres “liberais”, em geral) são o exemplo da tentativa de absorver a Esquerda, ao mesmo tempo que diabolizavam a Direita tradicional.

Depois de ouvir a Teresa Caeiro na TSF, compreendi que o CDS passou a “fechar a Esquerda à direita” (o CDS passou a ser o partido da Esquerda mais à direita), por um lado, e, por outro lado, passei a ser muito céptico em relação ao papel das mulheres na política — cepticismo esse que mantenho até hoje.

Viktor Órban, o agente de Putin


Uma das importantes diferenças entre o partido VOX espanhol e o partido CHEGA português, é o de que o VOX é financiado pelo regime de Putin, através do amigo deste, Viktor Órban da Hungria. Que eu saiba, isto não acontece com o CHEGA.

Ou seja, o VOX é um partido anti-europeísta — o que não acontece com o CHEGA. Qualquer semelhança entre os dois partidos é mera coincidência. Ou deveria ser.

Na actual conjuntura internacional, em que parece imperar escandalosamente a lei do mais forte, por um lado, e por outro lado prevalece o desprezo pelo Direito Internacional subsequente à II Guerra Mundial, ser anti-europeísta é ser estúpido.

O VOX é um partido auto-contraditório: por um lado, aceita dinheiro de Putin; por outro lado, diz que é um partido nacionalista, “ignorando” que Putin financiou a intentona catalã de 2017, e que Putin até ofereceu 10 mil soldados para ajudar a defender a nova república catalã.

O partido VOX é uma anedota.

Isto não significa que tenhamos que concordar com tudo o que vem da União Europeia: o CHEGA, não sendo um partido anti-europeísta, tem contudo manifestado publicamente muitas críticas em relação à Comissão da União Europeia liderada pela sra Ursula von der Leyen.

Dos 27 países da União Europeia, o único que votou contra o apoio à Ucrânia foi a Hungria de Viktor Órban.

Não se trata, aqui, de opinião diferente, por parte de Viktor Órban: trata-se de apoio claro a um inimigo (Putin) dos países ocidentais que abertamente se declarou como tal; trata-se da assunção do papel de quinta-coluna que, por razões ideológicas, pretende destruir a própria União Europeia actuando por dentro desta.

Viktor Órban apoia claramente os inimigos dos interesses de Portugal enquanto nação.

quarta-feira, 13 de agosto de 2025

A estratégia da Isabel Moreira: atacar a forma, e ocultar a substância


Neste artigo, Isabel Moreira ataca a posição de quem não concorda com a declaração de inconstitucionalidade da Lei dos Estrangeiros por parte do Tribunal Constitucional; mas ela ataca a forma como essa não concordância se manifesta, sem se ater minimamente à substância que subjaz a essa não concordância.

A Isabel Moreira segue uma estratégia própria de advogado de vão-de-escada.

Isabel Moreira sabe que, do ponto de vista substancial do Direito, ela não pode vencer por argumentos. E por isso opta por atacar a forma como a “Não-esquerda” (o PSD não é Direita) lidou com a situação do chumbo de uma maioria do Tribunal Constitucional.

É um absurdo que se diga, explicita- ou implicitamente, que a Constituição de uma determinada nação se aplica igualmente a todos os cidadãos de todos os países do mundo — e foi isto que a maioria do Tribunal Constitucional fez passar como sendo legal.

Quando uma determinação judicial / jurídica é absurda — no sentido em que o espírito da lei é colocado em causa por imperativos ideológicos —, só deitando a mão à ideologia política será possível argumentar em sua defesa.

O que uma maioria de membros do Tribunal Constitucional disse foi o seguinte:

um imigrante ilegal qualquer tem tantos direitos de cidadania (face à lei portuguesa) como um cidadão autóctone português

— o que vem, aliás, na linha da posição do corrupto Marcelo Rebelo de Sousa sobre esta matéria.

Esta foi a mensagem “jurídica” que a decisão maioritária do Tribunal Constitucional quis fazer passar na opinião pública, e que de “jurídica” tem quase nada e não pode fazer jurisprudência. A mensagem é eminentemente política e ideológica.

O corolário da incongruência jurídica da Isabel Moreira e compagnons de route é a seguinte: “não há qualquer vantagem em ser cidadão português: é a própria Constituição que o diz”.

A política de imigração da Esquerda resume-se a esta merda, com o beneplácito do globalista corrupto Marcelo Rebelo de Sousa.