segunda-feira, 24 de novembro de 2025

É preciso reformar a União Europeia; ou acabar com ela


A Cristina Miranda faz aqui uma crítica à União Europeia. Embora eu esteja genericamente de acordo com a crítica, gostaria de colocar aqui uma frase de Nicolás Gómez Dávila:

“O pensamento que quer ser sempre justo, paralisa-se. O pensamento progride quando caminha entre injustiças simétricas, como entre duas filas de enforcados”.

1/ A União Europeia caminha hoje (metaforicamente, “entre duas filas de enforcados”) entre injustiças simétricas, a ver: por um lado, Donald Trump e o seu ódio visceral à União Europeia, a quem acusa de querer destruir os Estados Unidos; e por outro lado, a Rússia, que pretende destruir a União Europeia para reconstruir o velho império russo.

Portanto, a União Europeia está a ser objectivamente acossada por duas potências militares de nomeada.

Perante este acosso, a União Europeia tem duas soluções: ou se desintegra — que é o que deseja ardentemente uma certa elite trumpista aliada a Putin —, ou se defende através de mecanismos políticos que, por vezes, não são consensuais e até podem ser controversos (como podemos ver através da opinião da Cristina Miranda).

Quando a Cristina Miranda critica a União Europeia pelo “caso recente da Roménia, com eleições anuladas e candidatos detidos”, ela não mencionou a claríssima interferência da Rússia nas ditas eleições — porque “o pensamento que quer ser sempre justo, paralisa-se”. O pensamento da Cristina Miranda paralisa-se porque não “caminha entre injustiças simétricas, como entre duas filas de enforcados”.

A alternativa preconizada pela Cristina Miranda (face à Rússia) seria a dissolução progressiva da União Europeia, cumprindo assim os critérios de “justiça” do liberalismo que ela preconiza. É uma solução negativa (a dela). Aplica-se aqui a célebre frase de Edgar Morin:

« (…) a lógica do liberalismo político leva-o a tolerar ideias ou movimentos que têm como finalidade destruí-lo. A partir daí, perante a ameaça, o liberalismo está condenado, quer a tornar-se autoritário, isto é, a negar-se ― provisória ou duradouramente ― a si mesmo, quer a ceder o lugar à força totalitária colocada no poder por meio de eleições legais (Alemanha, 1933) »

→ Edgar Morin (“Pour sortir du XX siècle”, 1981)

Ou o liberalismo europeu se nega, aqui e ali e pontualmente, ou a União Europeia é destruída. Pelo que se vê, a Cristina Miranda defende a sua destruição.

2/ A Cristina Miranda tem razão em três pontos: a) a protecção da União Europeia em relação ao lóbi radical climático (os melancias), b) o fomento por parte da União Europeia da Ideologia de Género na cultura, nas escolas e nos me®dia, e c) a imigração em massa patrocinada pela União Europeia.

Contudo, não nos esqueçamos que estes três aspectos nefastos foram importados dos Estados Unidos.

pegada de carbono bloco de esquerda esquerda neandertal pegada de carbono 650 web

  • O Aquecimentismo é um fenómeno cultural anglo-saxónico por excelência baseado em pseudo-ciência e no relativismo próprio do Pós-estruturalismo.
  • A Ideologia de Género também tem origem anglo-saxónica e é uma tentativa neomarxista (marxismo cultural) de levar a igualdade entre seres humanos ao nível do absurdo — não nos esqueçamos que em nome de uma estratégia supostamente infalível para promover a justiça e a igualdade, milhões morreram em dezenas de revoluções socialistas que, em última análise, sempre falharam. 

    A vida é o lugar das hierarquias; só a morte é democrata.

  • A imigração em massa, promovida por uma certa elite composta pela maçonaria irregular que controla ideologicamente a política e os me®dia, é própria de uma sociedade pós-revolucionária cujas elites abominam os conceitos de “nação” e de “fronteiras”. Podemos falar de simbiose entre o Pós-Trotskismo, por um lado, e, por outro lado, a utopia da “Paz Perpétua” de Kant.

A única forma de combater estes três vectores negativos da política da União Europeia é através do voto na Direita que exclua partidos patrocinados pela Rússia de Putin e Dugin — como é o caso da AfD (Alternative für Deutschland) na Alemanha, ou o partido francês da Marine Le Pen, ou ainda o partido de Viktor Órban na Hungria.

Continuamos, aqui, a caminhar entre duas filas de enforcados: num dos lados, a Esquerda utopista e pós-estruturalista que comanda actualmente os destinos dos países da União Europeia; e, por outro lado, a Direita russófila (de Dugin e Putin, aliados a Trump) que pretende claramente a destruição da União Europeia.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Pedro Neto, o esquerdoido da Amnistia Internacional, critica Cristiano Ronaldo


O esquerdoido Pedro Neto, ex-director (em Portugal) da esquerdopata Amnistia Internacional, criticou (hoje, na rádio TSF) o Cristiano Ronaldo por este ter sido recebido na Casa Branca por Donald Trump.

O esquerdoido enfatizou que não gosta de Donald Trump, mas não explicou por quê: não gosta dele, e pronto! E por isso, as pessoas que gostam das pessoas que o esquerdoido não gosta devem ser criticadas por terem liberdade de gostar de quem quiserem.

Ou seja, o mote do esquerdalho é o seguinte:

“Se pensas que pensas, pensas mal; quem pensa por ti é o comité central”.

O pensamento da esquerdalha pós-estruturalista (ou Pós-modernista) é (maioritariamente) dogmático.

Eu fiz aqui (no blogue) fortes críticas a Donald Trump, mas isso não significa que eu considere Donald Trump pior presidente do que foi Joe Biden.

As minhas críticas, a um e a outro, são objectivas; e apesar das minhas críticas a Donald Trump (por exemplo, o culto da personalidade, a política de apoio ao imperialismo russo e à guerra putinista) — ainda assim considero que Joe Biden foi muito pior presidente do que é Donald Trump, por exemplo, quando aquele fomentou a Ideologia de Género nas escolas americanas, e apoiou claramente a violência racista e comunista da Antifa e do Black Lives Matter.

A minha crítica a Donald Trump é objectiva; a crítica do esquerdoido Pedro Neto a Donald Trump e ao Cristiano Ronaldo é puritana, dogmática e ideológica.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

O Marcelo é a vergonha de Portugal

Chegamos a um ponto em que as elites portuguesas (a ruling class) criticam André Ventura por este defender a dignidade histórica de Portugal.

porco marcelo web

Temos um jornalismo (salvo as excepções) composto por genuínos filhos-de-puta que arrastam Portugal pela lama, com a ajuda prestimosa de suínos políticos do cariz do Marcelo.

Os arabescos filhos-de-puta do Marcelo


Marcelo Rebelo de Sousa é o político mais desonesto e truculento que alguma vez existiu em Portugal: a criatura é repugnantemente vergonhosa, e sem-vergonha. Sinto vergonha alheia pelo presidente da república que temos — mas não sinto culpa pela eleição dele, porque sendo eu monárquico, por regra não voto para presidente da república (há excepções à regra).

marcelo arabe web

Desde logo, a criatura confunde “Islamismo” com “raça” ou etnia — o que é característica da truculência fraudulenta da extrema-esquerda. O Islamismo não é uma raça ou uma etnia.

O Islamismo é um princípio de ordem política embutido numa suposta religião.

O Islamismo não é coisa “árabe”; por exemplo, os turcos, que foram “donos” do califado islâmico durante séculos até ao princípio do século XX, não são árabes. Os paquistaneses ou os bangladeches não são árabes, mas são maioritariamente muçulmanos. Os indonésios não são árabes, mas são muçulmanos, e a Indonésia é o maior país muçulmano (em número de fiéis) do planeta. E por aí fora.

O próprio Maomé não era filho de árabes; a sua (dele) mãe era judia.

Identificar o “Islamismo” com a ocupação “árabe” da península ibérica é própria de um vigarista ideológico; mas identificar os árabes ocupantes com a população portuguesa do pós-independência é próprio de um filho-de-p*ta — desde logo porque a maioria da ocupação islâmica da península ibérica não foi feita por árabes (os árabes eram apenas as elites políticas), mas antes por berberes que pertenciam a haplogrupos diferentes dos dos árabes (eram raças diferentes). E depois porque, com a derrota dos mouros, estes fugiram maioritariamente para o reino de Granada em Espanha e para Marrocos.

O português médio tem mais ADN do homem de Neanderthal (entre 1 e 2%) do que ADN árabe; e tem (em média) muitíssimo mais sangue judeu do que árabe.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Kant foi o último filósofo do Iluminismo


A professora Helena Serrão publica aqui um texto “filosófico”, escrito por uma novelista de seu nome Muriel Barbery, que confunde os conceitos de “literatura” e de “filosofia”.

O texto de Muriel Barbery incorre em um erro comum, que consiste em classificar Kant como membro da corrente filosófica idealista (idealismo). Olavo de Carvalho cometeu esse mesmo erro, e a Wikipédia também.

“Kant foi o último filósofo iluminista” (palavras de Bertrand Russell corroboradas por Nicola Abbagnano).

O equivoco do referido texto vai mais longe: também classifica Husserl de “idealista”.

Quando temos dificuldade em entender um sistema filosófico, dizemos dele que é “idealista”. É assim que Husserl e Lavelle, por exemplo, são também classificados de “idealistas” por muita gente, porque são filósofos muito difíceis de compreender.

quinta-feira, 13 de novembro de 2025

¿Como é possível ser simultaneamente marxista e católico?


“José Manuel Pureza, 66 anos, professor universitário, coimbrinha e católico assumido, prepara-se para suceder a Mariana Mortágua na liderança do partido.”

O herdeiro sereno do caos bloquista

O Grande Acusador utiliza os mais sofisticados disfarces e tramas para nos enganar. Ao contrário do que aconteceu com o arcanjo católico e bíblico, os arcanjos marxistas impedem o Homem de escapar dos seus paraísos.

pele de cordeiro webPureza é um marxista; por definição e pelo princípio lógico da não-contradição, não pode ser católico — a não ser que o Pureza tenha repudiado o marxismo, o que não faz sentido porque se candidata a líder do Bloco de Esquerda: um líder do Bloco de Esquerda que não seja marxista é uma contradição com pernas.

O Grande Acusador triunfa completamente quando não deixa nem rasto nem impressão digital.

Pureza será o líder do Bloco de Esquerda mais perigoso desde a fundação daquele partido, porque é um lobo com pele de cordeiro: naturalmente que ele pode enganar muita gente, mas não deveria enganar o clero católico que (supostamente) tem formação teológica.

Porém, se o objectivo da actual Igreja Católica é simplesmente organizar um paraíso terrestre, os padres católicos não fazem falta: para esse desiderato, basta o diabo e os seus acólitos puritanos e/ou bloquistas.

O Pureza não resistiria a cinco minutos de debate comigo acerca da relação entre o marxismo e o catolicismo; mas tentará certamente aldrabar o povo. Parafraseando Augusto Santos Silva: “o Pureza quererá ser um Chico-esperto, mas fará figura de Aldrabilhas”.

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Uma Justiça enviesada irá tornar o ambiente político irrespirável


Imaginem um cartaz do Bloco de Esquerda com as seguintes frases: “A lei é para todos”; e “os capitalistas têm que pagar impostos”.

capitalistas impostos web

Não lembraria ao careca que a AEP fosse processar a Mariana Mortágua por injúria ou difamação — porque o cartaz seria de Esquerda.

ciganos cumprir a lei web

Mas se o cartaz é de Direita — como é o cartaz dos “ciganos que têm que cumprir a lei” —, então já vale a judicialização da política, e a intervenção de uma Justiça enviesada e injusta.

Aplica-se aqui o conceito de tolerância repressiva de Herbert Marcuse:Tudo o que vem da Esquerda é bom, e tudo o que vem da Direita é mau”. E os juízes da república das bananas assinam por baixo.