A Miss Universo (Victoria Kjaer) é branca, elegante, com cromossomas XX, loura e de olhos azuis.
Algol Mínima
O Diabo anda à solta, mas só durante três dias
terça-feira, 19 de novembro de 2024
segunda-feira, 18 de novembro de 2024
Não se deve misturar ciência e ética
1/ O Ludwig Krippahl escreve aqui um texto em que defende a ideia segundo a qual o progresso é uma lei da natureza. Escreve (ele):
“Como é mais difícil testar hipóteses acerca de valores do que acerca de factos, a ética parece avançar menos que a ciência mas, ainda assim, tem dado bons resultados.
Houve muito progresso em questões acerca de escravatura, igualdade de direitos, legitimidade dos governos, processos judiciais e outros. É uma abordagem claramente melhor do que autos de fé, ditaduras caprichosas ou tapar a cara às mulheres só porque é costume.”
Bastaria uma geração de bárbaros actuais para botar o “progresso” do Ludwig Krippahl pela retrete abaixo.
2/ Ademais, o Ludwig Krippahl considera o “mito” como uma espécie de “mentira”, ou Teoria da Conspiração. Porém, em filosofia, o mito é uma narrativa didáctica que exprime uma concepção ou uma ideia abstracta (por exemplo, o mito de Prometeu, na obra de Platão, é sobre a origem da civilização e sobre a condição humana). Neste caso, mito pode ser sinónimo de metáfora.
Por outras palavras: o mito é uma formação noológica, quer seja principalmente imaginária e simbólica, quer seja principalmente ideológico-abstracta, que, embora podendo ser uma construção do espírito, adquire valor de realidade e/ou verdade.
A definição de "mito" comporta várias componentes e o mito pode tomar diversas formas, desde o relato fabuloso, à ideia-força da ideologia política. Ademais, o mito não pode entrar pura e simplesmente na alternativa verdadeiro / falso. Apesar de imaginário ou ideal, o mito não pode ser reduzido à ilusão, ao erro, à mentira.
3/ Para o Ludwig Krippahl, o filósofo é avesso às matemáticas, por exemplo:
«A marca "filosofia" tornou-se propriedade das humanidades, a quem desagrada a experimentação, a matemática, a estatística e a análise de dados. Com isto ficou mais permeável a tretas como religião, floreados, demagogias pós-modernas e afins.»
Por isso é que um dos grandes professores universitários de matemática em Oxford é filosofo e católico confesso (John Lennox). Poderia dar aqui dezenas de exemplos de cientistas de nomeada que não tratam a religião como “tretas” — mas não vale a pena: o Ludwig Krippahl é duro de ouvido. Há pessoas que não gostam de música (por exemplo, Freud era duro de ouvido) porque são duros de ouvido; não têm culpa disso.
4/ O Ludwig Krippahl confunde “técnicos”, por um lado, e “cientistas”, por outro lado:
«E a ciência, para a maioria dos seus praticantes, relegou para segundo plano a compreensão da realidade e tornou-se numa linha de montagem onde cada um só conhece a sua tarefa, maximiza a "produtividade" e é avaliado por coisas como indicadores bibliométricos de desempenho.»
Em ciência, existem os trabalhadores e os pensadores.
Para os trabalhadores (os técnicos) existem “livros de receitas”: até mesmo um físico medíocre, por exemplo, pode fazer um trabalho de primeira qualidade no laboratório, aplicando fórmulas sem ter em consideração toda a problemática científica e filosófica do seu campo de trabalho.
No manual de Metodologia das Ciências da Natureza de Herbert Pietschmann, distingue-se entre o físico trabalhador, por um lado, e o físico pensador, por outro lado:
“Os físicos trabalhadores que aplicam os métodos da física não têm quaisquer dificuldades em mecânica quântica. Porém, acontece frequentemente que nem sequer têm consciência das suas consequências de longo alcance para a questão da reprodução de uma 'realidade'. Os conflitos só surgem na tentativa de interpretação da forma como o método utilizado, sem qualquer problema na prática, descreve uma 'realidade'.”
Gribbin escreveu [John Gribbin (1984) “In Search of Schrödinger's Cat: Quantum Physics And Reality”]: “
(…) é precisamente por causa do grande êxito da equação de Schrödinger, como instrumento prático, que muitas pessoas foram impedidas de reflectir [filosoficamente] profundamente sobre a forma e a razão do funcionamento desde instrumento”.
5/ Voltando ao “progresso” [da ética], segundo o Ludwig Krippahl. Escreve (ele):
«Entender a filosofia como a procura racional por respostas, e a ética e a ciência como filosofia aplicada a questões acerca de como saber e agir, não só dá uma ideia mais completa do que é procurar a sabedoria como ajuda a resistir a muitos disparates.
Entre outros, a tese de que a ciência pode substituir a ética; que afirmações acerca da realidade ficam imunes à crítica científica se as rotularmos de filosóficas, metafísicas ou teológicas; que há diferentes níveis de realidade estudados pela fé, ciências ocultas, medicinas alternativas e outras confusões. Não é defesa garantida porque temos sempre de decidir sob incerteza. Mas, perante qualquer alegação acerca do que é ou deve ser, podemos sempre questionar se foi obtida por essa via racional.»
Num artigo que escrevi há anos, destruo completamente a argumentação do Ludwig Krippahl:
« A ética e a moral não podem ser definidas ou determinadas pela ciência.
A ideia de responsabilidade moral reside na experiência subjectiva, enquanto que a ciência só concebe acções determinadas pelas leis da natureza, e não concebe autonomia, nem sujeito, nem consciência e nem responsabilidade. A noção de “responsabilidade” é não-científica. A ética e a moral pertencem ao domínio da metafísica que se caracteriza pela falta de “bases objectivas” — aqui entendidas no sentido naturalista [naturalismo ≡ cientificismo metodológico].
Para tentar contornar esta realidade objectiva e insofismável que consiste no facto de a ciência não poder determinar a ética, a ciência transformou-se, ela própria, em uma forma de metafísica pura, para assim poder obter a legitimidade para opinar sobre a ética e sobre a moral. É assim que surgem as “teorias científicas” não refutáveis na sua essência, como por exemplo, a teoria do Multiverso, ou as teorias evolucionistas em geral [por exemplo, a teoria do epifenomenalismo de Thomas Huxley, que ainda hoje subsiste entre os darwinistas, evolucionistas e naturalistas].
Entrando pela metafísica adentro, a ciência — feita por cientistas que são, eles próprios, sujeitos — pretendeu redefinir a ética e a moral segundo princípios deterministas que “varriam” o sujeito, e estabelecendo apenas determinações, leis e estruturas [estruturalismo]. Neste sentido, a ciência pretende ser uma espécie de nova religião [imanente e política], cuja classe dos novos sacerdotes é composta principalmente pela classe dos cientistas. »
terça-feira, 12 de novembro de 2024
O Islamismo é alheio à civilização e cultura portuguesas
Queremos que Portugal volte a ser um país onde as mulheres possam andar nas ruas das nossas cidades, depois do pôr-do-sol, sem serem acossadas por grupos de homens oriundos de culturas islâmicas, e correndo mesmo o risco de serem sexualmente violadas.
Estamos a importar massivamente homens em idade militar, de culturas islâmicas, e desprovidos de “civilização” digna desse nome.
A Comunicação Social portuguesa — vulgo “me®dia” — esconde (criminosamente) as estatísticas: é aquilo a que chamamos de “sub-informação”. Porém, na Europa, a informação é muito mais livre do que em Portugal:
Poderia mencionar aqui dezenas de artigos da imprensa livre europeia, de que Portugal não faz parte. A imprensa portuguesa nega a verdade do que se passa na Europa. A imprensa portuguesa é criminosa.
Queremos voltar a uma época civilizada que já tivemos: a uma sociedade em que a inteligência não era exclusivamente reservada às actividades profissionais. Essa reserva exclusiva da inteligência para o utilitarismo destrói a civilização — que é produto de actividades deliberadas — e degrada a cultura — que resulta de actuações involuntárias.
Se a civilização é o propósito do intelecto, e a cultura é a expressão da alma — a importação de cerca de 1,5 milhões de imigrantes (mais de 10% da população total portuguesa) veio baixar o nível intelectual do país (que caracteriza a civilização), e degradar profundamente a alma colectiva e a cultura antropológica da nação.
A imigração islâmica é incompatível com a alma portuguesa, que é de raiz cristã.
A civilização — propriamente dita — é o pão da pousada de Emaús (Lucas, 24:13-32); a cultura (cristã) é o inimitável gesto que o parte.
segunda-feira, 11 de novembro de 2024
Polícia bom é polícia morto
O Ludwig Krippahl escreveu o seguinte:
“A lei obriga a obedecer à autoridade da polícia e proíbe a polícia de disparar sobre pessoas desarmadas.”
(…)
“A defesa [do agente da polícia] só é legítima se for proporcional, não se pode matar a tiro uma pessoa desarmada...”.
O Código Penal, no seu Art.º 40 § 3, diz o seguinte:
“A medida de segurança só pode ser aplicada se for proporcionada à gravidade do facto e à perigosidade do agente” [meliante].
Vem daqui o tal “princípio da proporcionalidade” invocado pelo Ludwig Krippahl.
Só que o Ludwig Krippahl não sabe interpretar a lei (se calhar, nem a conhece): a agressão a um polícia, mesmo que só através de murros na tola, depois de uma perseguição automóvel e destruição de propriedade privada de outrem, revela em si mesma a “gravidade do facto e à perigosidade do agente”.
O Odair tinha cerca de 1,90 de altura, e uma compleição física assustadora; mas o Ludwig Krippahl pensa que o Odair tinha o direito de arrebentar o focinho ao polícia e ficar sem resposta — em nome da “proporcionalidade”.
O que o Ludwig Krippahl quer dizer é o seguinte:
Se um meliante utilizar os punhos para reduzir a cabeça do polícia a um molho de brócolos, o polícia tem que levar porrada e não reagir — porque 1/ o pretinho tem sempre razão, e porque 2/ se o polícia utilizar a arma em legítima defesa para não ficar com a cabeça num 8, não é “proporcional”.
Em suma, segundo Ludwig Krippahl, nestes casos, o polícia deveria deixar o Odair enfardá-lo no focinho e ficar quietinho — para ser “proporcional”.
Só falta ao Ludwig Krippahl dizer que “polícia bom é polícia morto”. É caso para dizer: “quem te manda a ti, sapateiro, tocar tão mal rabecão”. Ó Krippahl!: mais valia estares calado.
domingo, 10 de novembro de 2024
A casa de Espinho e o Luís Mente-ao-Negro
Somos todos Negros: não usamos avental.
quarta-feira, 6 de novembro de 2024
Dedico a vitória de Donald Trump aos jornaleiros e comentadeiros, como seguem:
Em primeiro lugar, os jornaleiros e comentadeiros em relação aos quais nutro e alimento cuidadosamente um infinito ódio de estimação, a ver:
Ricardo “Chamuças” Costa (SIC), Paulo Baldaia, Mafalda Anjos, Miguel Prata Roque (SIC) , Ana Sá “Varoufucker” Lopes (CNN), Daniel Oliveira (SIC), Luís Costa Ribas (CNN), Ana “MRPP” Gomes (SIC), Raquel Varela (RTP), Carmo Afonso (RTP), Manuel Carvalho (RTP), Pedro Marques Lopes (SIC).
Em segundo lugar, os jornaleiros e comentadeiros que eu não odeio, mas pelos quais nutro um profundo e profícuo sentimento de desprezo:
Anselmo Crespo (CNN), Raquel Abecassis (SIC), Rui Calafate (CNN), António Nogueira Leite (PSD), Maria João Avilez, Sérgio Sousa Pinto – Partido Socialista (CNN), Miguel Sousa Tavares (SIC), Joaquim Vieira (RTP), Inês Pedrosa (RTP), Clara Ferreira Alves (SIC), Carlos Magno (CNN), Vítor Gonçalves (RTP), António José Teixeira (RTP).
Em terceiro lugar, os jornaleiros e comentadeiros que não merecem o meu ódio de estimação, e nem sequer merecem o meu desprezo — dada a sua insignificância ontológica e intelectual:
Pedro Tadeu (CNN), Valentina Marcelino (Diário de Notícias), Luís Maia (SIC), Paulo Saragoça da Matta, Francisco Mendes da Silva (SIC), José Eduardo Martins (SIC), Pedro Delgado Alves (SIC), Adriana Cardoso (SIC), António Costa Pinto (RTP), André Freire (RTP), Pedro Costa (CNN), Catarina Marques Rodrigues (SIC), Miguel Monjardino (SIC), Ana Miguel dos Santos (CNN), Tenente General Marco Serronha (CNN), Pedro Benevides (CNN), Francisco Pereira Coutinho (CNN), Judite Sousa (NOW), Natália Carvalho (Antena 1), Pedro Bello Moraes (CNN), Pedro Ivo Carvalho – Jornal de Notícias (RTP).
A todos (eles e elas) desejo um péssimo quadriénio, repleto de mentiras e de ódio nos me®dia.
segunda-feira, 4 de novembro de 2024
A Verdade não é apenas uma questão de opinião pessoal
A professora Helena Serrão transcreve aqui um trecho de um texto de um tal Alexander George, que eu não conhecia mas fui investigar. Transcrevo aqui um textículo:
“A proposição de que Wittgenstein era judeu é verdadeira se Wittgestein era judeu e falsa se Wittgenstein não era judeu. A proposição de que Frege era católico é verdadeira se Frege era católico e falsa se Frege não era católico. Alguns filósofos, ditos “deflacionistas”, defendem que nisto se esgota tudo o que há a dizer sobre a verdade. São os filósofos que consideram que a verdade não é uma propriedade muito interessante. Eu não estou de acordo, embora todos possamos concordar que, mesmo que o acabámos de afirmar não seja tudo o que há a dizer da verdade, é pelo menos parte do que há a dizer sobre a verdade.”
O senhor George transforma a Verdade em opinião sobre a sua (da Verdade) existência. Ou seja, segundo ele, há os “filósofos deflacionistas” que defendem que a Verdade não é coisa interessante; mas a opinião dele (do senhor George) não coincide com a opinião dos “filósofos deflacionistas”.
Não podemos confundir “cepticismo” e “dúvida”. A dúvida sobre a certeza é racional, e portanto, saudável. O cepticismo é a certeza da dúvida, e é portanto, um fideísmo negativo.
Quando se pergunta: “a verdade existe?”, quem faz a pergunta admite, à partida, a possibilidade de uma resposta ― porque caso contrário a pergunta seria absurda ― e portanto já pressente, ou sabe intuitivamente, que a verdade existe.