quarta-feira, 5 de novembro de 2025

O argumento segundo o qual “o André Ventura não é católico”


Os me®dia e os jornaleiros invocam amiúde a pretensa hipocrisia de André Ventura, alegadamente porque ele vai à missa mas não defende as portas abertas à imigração. Para tal, o jornalixo invoca o papa Chico e o Leão XIV — mas os jornaleiros nunca dizem a verdade: o Estado do Vaticano não acolheu um só imigrante!

Que fique bem claro: nem o Cristianismo nem o paganismo defendem éticas altruístas.

Tanto a moral cristã como a pagã são individualismos éticos que impõem deveres sociais apenas como meios para o aperfeiçoamento individual terreno, tendo em vista a salvação.

O facto de o Estado do Vaticano não ter acolhido um só imigrante diz bem da hipocrisia do Leão XIV. Aqui, o hipócrita não é André Ventura que apenas segue o padrão ético tradicional do Cristianismo: o hipócrita é o Leãozinho, porque defende que se deve fazer uma coisa e faz outra (bem prega Frei Tomás…!).

Sobre o campanário da igreja moderna, o clero progressista do Leãozinho, em vez de uma cruz, coloca um cata-vento para seguir caninamente o Espírito do Tempo.

A Igreja Católica — até Concílio do Vaticano II — evitou o seu esclerosamento em seita quando pediu ao cristão que exigisse a sua própria perfeição, e não que a exigisse ao seu vizinho. Hoje, a Igreja Católica tende a transformar-se em uma seita.

A angústia da Igreja actual — a do Leãozinho — perante a miséria das multidões obscurece a sua consciência de Deus.

No seio da Igreja Católica actual, existem os “integristas” que são os que não perceberam ainda que o Cristianismo necessita de uma teologia com algumas alterações em relação à teologia tradicional, e existem os “progressistas” que são os que não perceberam que a nova teologia deve ser cristã. O falecido Chico e o Leãozinho fazem parte do grupo dos “progressistas”.

Os idiotas que noutros tempos atacavam a Igreja Católica, são os mesmos que agora se encarregam de a reformar. Há dois séculos para cá que o “Cristianismo primitivo” se acomoda, a cada novo decénio, às opiniões da moda.

Se a Igreja Católica do Leãozinho se converter num partido político (como já está a acontecer), as portas do inferno vomitarão quantos eleitores forem necessários para a submeter. Até ao Concílio do Vaticano II, a Igreja Católica absolvia os pecadores; hoje, a Igreja Católica do Chico e do Leãozinho absolve os pecados.

Já nada me espanta, vindo dos donos da Língua Portuguesa


O Henrique Pereira dos Santos escreveu o seguinte:

“Uma senhora imigrante, legalizada, morreu de complicações associadas à gravidez, depois de ter passado pelo hospital uma vez, a terem mandado para casa e depois o socorro não ter chegado a tempo quando, em casa, a situação se complicou.

É uma situação que poderia acontecer a qualquer mulher, embora menos provável em gravidezes mais bem acompanhadas.”

Eu levei muitos calduços da minha mãe — que era professora do Ensino Primário no tempo de Salazar — por utilizar o termo “mais bem”. Dizia a minha mãe que se devia dizer e escrever “melhor”, ou seja:

“É uma situação que poderia acontecer a qualquer mulher, embora menos provável em gravidezes melhor acompanhadas.”

Porém, hoje já não sei como escrever em português, porque já me deparei com situações inclassificáveis — absurdas, até. Por exemplo, já fui criticado, por intelectuais de Esquerda e nos comentários deste blogue, por usar vírgulas nos meus textos (!).

Provavelmente haverá alguém do ISCTE a afirmar que “mais bem” é português correcto e que sou eu escrevo mal a língua.

“A tudo se chega enquanto a vida dura”.

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Temos que responsabilizar os donos dos meios de Comunicação Social


A Cristina Miranda escreve aqui um texto que merece atenção, nomeadamente logo o trecho de abertura:

“O que resta hoje [do jornalismo] são estruturas de activismo político disfarçadas de informação, a operar em conluio ideológico e com objectivos que pouco ou nada têm a ver com a busca da verdade.”

O problema é que não podemos atribuir a responsabilidade apenas aos jornalistas e às respectivas chefias das Redacções. Os jornais têm dono — como escreveu G. K. Chesterton na década de 1920 do século passado:

“A principal característica da governança moderna é a de não sabermos quem governa “de facto” — mais do que “de jure”.

Vemos os políticos, mas não os seus mentores; e ainda menos vemos os mentores dos mentores; ou (o que é ainda mais importante), não vemos o banqueiro do mentor.

Lemos a notícia sem ver o editor, menos vemos o proprietário do jornal, e ainda menos vemos o grupo financeiro (provavelmente estrangeiro) que realmente fornece e apoia o proprietário.

O anonimato, que anda muito próximo da anarquia, marca a nossa época com uma espécie de enorme negação. Os homens têm especulado muito sobre o nome pelo qual o nosso tempo vai ficar na História, mas eu penso que será a Idade Sem Nome.”

Os jornalistas radicais de Esquerda — por exemplo, o Daniel Oliveira do semanário Espesso — escrevem e reflectem nos jornais as suas ideias mais extremistas porque têm o apoio dos donos (ditos “liberais”) dos me®dia, como foi o caso do Chico dos Porsches.

O mundo liberal trata diferentemente os seus inimigos: vomita nos da Direita e absorve os da Esquerda; Pinto Balsemão não fez outra coisa senão isto.

Como afirmou Che Guevara em um discurso da ONU,

“Fusilamientos, sí. Hemos fusilado. Fusilamos y seguiremos fusilando mientras sea necesario. Nuestra lucha es una lucha a muerte.”

Para a Esquerda radical (Partido Comunista, Bloco de Esquerda, LIVRE, e uma determinada facção do Partido Socialista, como por exemplo António Mendonça Mendes, Isabel Moreira, Pedro Delgado Alves, Mariana Vieira da Silva, Alexandra Leitão, etc. ), Che Guevara está bem presente: a luta política é uma luta de morte; e os liberais (e os seus banqueiros) já aderiram à causa.

Não podemos esquecer que Pinto Balsemão fundou o canal de televisão SIC com financiamento garantido por altos dignitários do grupo de Bilderberg.

Mas — perguntaria o leitor — ¿como é que podem existir banqueiros “liberais” que apoiam e financiam a Esquerda radical?

A resposta a esta pergunta reside mutatis mutandis no conceito de “Grupo dos Trezentos”, de Fernando Pessoa [não esquecer que Fernando Pessoa tinha ascendência judia, por isso era insuspeito para falar deste assunto]. Não devemos esquecer que o regime comunista de Estaline foi financiado por Henry Ford (e pelos seus banqueiros) muito antes do inicio da II Guerra Mundial.

Em bom rigor, devemos distinguir entre o “liberalismo progressista”, que foi fundado em Inglaterra pelo Utilitarismo no fim do século XIX, e o “liberalismo tradicional” que se extingue com o triunfo cultural do Utilitarismo de John Stuart Mill — o mesmo Utilitarismo que Karl Marx dizia que era “uma moral de merceeiro inglês”, e que hoje é plenamente adoptado pela Esquerda portuguesa (Partido Comunista, Partido Socialista, LIVRE, Bloco de Esquerda e PAN).

Hoje temos uma luta de morte; mas não é só contra a Esquerda radical: é também contra o liberalismo dito “progressista” que apoia o extremismo totalitário.

sábado, 1 de novembro de 2025

Mariana Mortágua requiescat in pace

Em espasmos de ressentimento narcísico patológico, a Esquerda radical inventa os males que denuncia para depois justificar o bem que proclama.

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A Esquerda radical não se preocupa com os pobres: preocupa-se exclusivamente com os ricos.

Dizem-se “democratas”, mas quando a democracia os assusta, os esquerdistas usam e abusam do vocábulo “populismo”. São “democratas”, mas não muito.

O esquerdista, na sua obsessiva busca pela igualdade, aplica o mesmo estalão à humanidade inteira, para poder cortar aquilo que a transcende: a cabeça. A decapitação é o rito central da missa esquerdista.

O totalitarismo é a realidade empírica da "Vontade Geral" de Rousseau que foi um dos precursores do Romantismo que caracteriza a Esquerda pós-moderna. Segundo a "Vontade Geral" de Rousseau, a função do tirano é a de libertar cada cidadão da tirania do seu vizinho.

Ao contrário do que disse (ou escreveu) o Sérgio Sousa Pinto (Partido Socialista), a Esquerda actual (pós-moderna ou pós-estruturalista) não provém do Iluminismo, mas antes deriva directamente do Romantismo do fim do século XVIII (Rousseau, os jacobinos, etc.) e princípio do século XIX.

A Esquerda pós-moderna sonega o Iluminismo, por um lado, e por outro lado adopta claramente o cientismo positivista — sendo que o Positivismo é Romantismo das ciências.

sexta-feira, 31 de outubro de 2025

O arquétipo mental totalitário da Isabel Moreira


isabel moreira tabagismo web

Eu nunca aceitei que me obrigassem, por lei, a colocar o cinto de segurança quando me desloco de automóvel — porque sempre pensei (e penso) que é um abuso da autoridade do Estado. O cidadão deveria ser aconselhado (pelo Estado) a colocar o cinto de segurança, mas considero que a obrigatoriedade legal da sua colocação, com direito a multas esdrúxulas e acintosas, não deveria ocorrer.

Da mesma forma que o Estado não proíbe, por lei, o fumo do cigarro (com excepção o fumo em espaços públicos fechados), também não deveria proibir que o cidadão se deslocasse no seu automóvel sem cinto de segurança colocado.

Ou seja, o vídeo anti-tabagista (a que se refere a Isabel Moreira) faz todo o sentido em uma sociedade em que o Estado dá liberdade ao cidadão para fumar, se assim quiser; mas o Estado também deve ter a liberdade de defender a ideia segundo a qual o cidadão não deveria fumar — e daí surge o vídeo do Ministério da Saúde.

Seria muito mais fácil ao Estado proibir a venda de tabaco por decreto, e estaríamos um Estado puritano e totalitário — assim como foi facílimo ao Estado proibir aos cidadãos a condução sem cinto de segurança. Eu não sou atreito a aceitar facilmente proibições ditadas pelo Estado.

A questão é esta: ¿o fumo de tabaco faz mal à saúde do cidadão?

A resposta é: está cientificamente demonstrado que o tabagismo é prejudicial à saúde do cidadão, mas o Estado não tem nada a ver com isso.

O Estado pode dar conselhos, se assim quiser. Tudo o que seja mais do que um conselho é abuso de confiança.

O argumento Vegan, esquerdóide e politicamente correcto segundo o qual “ai e tal, os hospitais públicos são pagos pelo Estado”, não colhe — porque, pelo mesmo tipo de raciocínio, teríamos que proibir (por decreto) a existência dos gordos, proibir os McDonalds, proibir o consumo de açúcar, proibir a carne de porco, etc., e púnhamos os cidadãos a comer erva. E viva Estaline!

E, apesar de todas estas proibições, as pessoas continuariam a morrer nos hospitais públicos, para desgosto do Estado cripto-estalinista.

Porém, o problema aqui é a idiossincrasia da Isabel Moreira: por um lado, defende que o partido CHEGA deveria ser ilegalizado porque não concorda com as ideias desse partido; e depois vem defender a ilegalização do direito do Estado a dar simples conselhos aos cidadãos.

A Isabel Moreira tem um arquétipo mental totalitário que deveria incomodar o Partido Socialista. Ela defende a proibição de tudo com o que ela não concorde; mas, de um Partido Socialista radical e de extrema-esquerda, já esperamos tudo.