quarta-feira, 26 de novembro de 2025

André Ventura: “Portugal pertence à O.T.A.N., mas não muito...”


Segundo depreendi das palavras de André Ventura de ontem, Portugal deverá permanecer na O.T.A.N., mas se um país da organização for atacado pela Rússia, Portugal não terá nada a ver com isso.

Ou seja, segundo Ventura, Portugal está na O.T.A.N.; mas não está na O.T.A.N..

A posição de André Ventura em relação à Ucrânia não é muito diferente da posição de Marine Le Pen, da AfD (Alternative für Deutschland) e de Viktor Órban; e é muito diferente da posição de Giorgia Meloni, por exemplo.

A pequena diferença entre André Ventura, por um lado, e Viktor Órban ou Marine Le Pen por outro lado, é que o primeiro diz que está solidário com a Ucrânia, embora conclua que não está solidário com a Ucrânia — ao passo que os dois últimos dizem que são claramente a favor da Rússia e contra a Ucrânia. A diferença é uma questão de retórica.

A posição do André Ventura em relação à possibilidade de haver tropas europeias da O.T.A.N. na Ucrânia é um NIN: é como o Melhoral, não faz bem nem faz mal.

Nota: O Portugal de Salazar foi neutral na II Guerra Mundial, mas foi antes de entrar na O.T.A.N..

terça-feira, 25 de novembro de 2025

Os me®dia e o Sistema já condenam o debate de ideias


Não é por acaso que o radical trotskista Daniel Oliveira se sente bem no semanário Expesso: aquilo é um fojo, um covil, guarida de malfeitores.

democracia perigosa henrique raposo web

Não tarda nada e veremos os me®dia a defender publicamente a legitimidade do regime de Putin. Já faltou mais.

“Demagogia” e “populismo” são os vocábulos que os ditos “democratas” de pacotilha empregam quando a democracia os assusta. A corrupção ideológica do sistema vigente atingiu um nível tal que se legitima agora o fim do debate político.

Na escola de Platão, a democracia repugnava porque (naquele tempo) esta negava a autonomia dos Valores — e não (como diz o idiota) por uma putativa ameaça à verdade.

Pelo menos desde Platão que os “intelectuais” defendem a ideia de que o povo deve ser governado discricionariamente por uma elite, e independentemente da vontade popular — não obstante Karl Popper ter bastamente demonstrado que, ao longo da História, os povos têm errado menos do que as elites governantes.

Defender a legitimidade racional da República de Platão só pode vir de um deficiente cognitivo do quilate do Henrique Raposo.

A retórica cultural substitui hoje a retórica patriótica, nas efusivas expectorações dos tontos como o Henrique Raposo. E partem sempre do princípio de que o povo é tonto.

Temos hoje uma classe social elitista (ruling class) que governa despoticamente de uma forma insidiosamente dissimulada, ao mesmo tempo que defende sub-repticiamente a construção política e social da ausência de classes sociais. Gente como o Henrique Raposo são os lacaios dessa ruling class.

segunda-feira, 24 de novembro de 2025

É preciso reformar a União Europeia; ou acabar com ela


A Cristina Miranda faz aqui uma crítica à União Europeia. Embora eu esteja genericamente de acordo com a crítica, gostaria de colocar aqui uma frase de Nicolás Gómez Dávila:

“O pensamento que quer ser sempre justo, paralisa-se. O pensamento progride quando caminha entre injustiças simétricas, como entre duas filas de enforcados”.

1/ A União Europeia caminha hoje (metaforicamente, “entre duas filas de enforcados”) entre injustiças simétricas, a ver: por um lado, Donald Trump e o seu ódio visceral à União Europeia, a quem acusa de querer destruir os Estados Unidos; e por outro lado, a Rússia, que pretende destruir a União Europeia para reconstruir o velho império russo.

Portanto, a União Europeia está a ser objectivamente acossada por duas potências militares de nomeada.

Perante este acosso, a União Europeia tem duas soluções: ou se desintegra — que é o que deseja ardentemente uma certa elite trumpista aliada a Putin —, ou se defende através de mecanismos políticos que, por vezes, não são consensuais e até podem ser controversos (como podemos ver através da opinião da Cristina Miranda).

Quando a Cristina Miranda critica a União Europeia pelo “caso recente da Roménia, com eleições anuladas e candidatos detidos”, ela não mencionou a claríssima interferência da Rússia nas ditas eleições — porque “o pensamento que quer ser sempre justo, paralisa-se”. O pensamento da Cristina Miranda paralisa-se porque não “caminha entre injustiças simétricas, como entre duas filas de enforcados”.

A alternativa preconizada pela Cristina Miranda (face à Rússia) seria a dissolução progressiva da União Europeia, cumprindo assim os critérios de “justiça” do liberalismo que ela preconiza. É uma solução negativa (a dela). Aplica-se aqui a célebre frase de Edgar Morin:

« (…) a lógica do liberalismo político leva-o a tolerar ideias ou movimentos que têm como finalidade destruí-lo. A partir daí, perante a ameaça, o liberalismo está condenado, quer a tornar-se autoritário, isto é, a negar-se ― provisória ou duradouramente ― a si mesmo, quer a ceder o lugar à força totalitária colocada no poder por meio de eleições legais (Alemanha, 1933) »

→ Edgar Morin (“Pour sortir du XX siècle”, 1981)

Ou o liberalismo europeu se nega, aqui e ali e pontualmente, ou a União Europeia é destruída. Pelo que se vê, a Cristina Miranda defende a sua destruição.

2/ A Cristina Miranda tem razão em três pontos: a) a protecção da União Europeia em relação ao lóbi radical climático (os melancias), b) o fomento por parte da União Europeia da Ideologia de Género na cultura, nas escolas e nos me®dia, e c) a imigração em massa patrocinada pela União Europeia.

Contudo, não nos esqueçamos que estes três aspectos nefastos foram importados dos Estados Unidos.

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  • O Aquecimentismo é um fenómeno cultural anglo-saxónico por excelência baseado em pseudo-ciência e no relativismo próprio do Pós-estruturalismo.
  • A Ideologia de Género também tem origem anglo-saxónica e é uma tentativa neomarxista (marxismo cultural) de levar a igualdade entre seres humanos ao nível do absurdo — não nos esqueçamos que em nome de uma estratégia supostamente infalível para promover a justiça e a igualdade, milhões morreram em dezenas de revoluções socialistas que, em última análise, sempre falharam. 

    A vida é o lugar das hierarquias; só a morte é democrata.

  • A imigração em massa, promovida por uma certa elite composta pela maçonaria irregular que controla ideologicamente a política e os me®dia, é própria de uma sociedade pós-revolucionária cujas elites abominam os conceitos de “nação” e de “fronteiras”. Podemos falar de simbiose entre o Pós-Trotskismo, por um lado, e, por outro lado, a utopia da “Paz Perpétua” de Kant.

A única forma de combater estes três vectores negativos da política da União Europeia é através do voto na Direita que exclua partidos patrocinados pela Rússia de Putin e Dugin — como é o caso da AfD (Alternative für Deutschland) na Alemanha, ou o partido francês da Marine Le Pen, ou ainda o partido de Viktor Órban na Hungria.

Continuamos, aqui, a caminhar entre duas filas de enforcados: num dos lados, a Esquerda utopista e pós-estruturalista que comanda actualmente os destinos dos países da União Europeia; e, por outro lado, a Direita russófila (de Dugin e Putin, aliados a Trump) que pretende claramente a destruição da União Europeia.

quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Pedro Neto, o esquerdoido da Amnistia Internacional, critica Cristiano Ronaldo


O esquerdoido Pedro Neto, ex-director (em Portugal) da esquerdopata Amnistia Internacional, criticou (hoje, na rádio TSF) o Cristiano Ronaldo por este ter sido recebido na Casa Branca por Donald Trump.

O esquerdoido enfatizou que não gosta de Donald Trump, mas não explicou por quê: não gosta dele, e pronto! E por isso, as pessoas que gostam das pessoas que o esquerdoido não gosta devem ser criticadas por terem liberdade de gostar de quem quiserem.

Ou seja, o mote do esquerdalho é o seguinte:

“Se pensas que pensas, pensas mal; quem pensa por ti é o comité central”.

O pensamento da esquerdalha pós-estruturalista (ou Pós-modernista) é (maioritariamente) dogmático.

Eu fiz aqui (no blogue) fortes críticas a Donald Trump, mas isso não significa que eu considere Donald Trump pior presidente do que foi Joe Biden.

As minhas críticas, a um e a outro, são objectivas; e apesar das minhas críticas a Donald Trump (por exemplo, o culto da personalidade, a política de apoio ao imperialismo russo e à guerra putinista) — ainda assim considero que Joe Biden foi muito pior presidente do que é Donald Trump, por exemplo, quando aquele fomentou a Ideologia de Género nas escolas americanas, e apoiou claramente a violência racista e comunista da Antifa e do Black Lives Matter.

A minha crítica a Donald Trump é objectiva; a crítica do esquerdoido Pedro Neto a Donald Trump e ao Cristiano Ronaldo é puritana, dogmática e ideológica.

terça-feira, 18 de novembro de 2025

O Marcelo é a vergonha de Portugal

Chegamos a um ponto em que as elites portuguesas (a ruling class) criticam André Ventura por este defender a dignidade histórica de Portugal.

porco marcelo web

Temos um jornalismo (salvo as excepções) composto por genuínos filhos-de-puta que arrastam Portugal pela lama, com a ajuda prestimosa de suínos políticos do cariz do Marcelo.

Os arabescos filhos-de-puta do Marcelo


Marcelo Rebelo de Sousa é o político mais desonesto e truculento que alguma vez existiu em Portugal: a criatura é repugnantemente vergonhosa, e sem-vergonha. Sinto vergonha alheia pelo presidente da república que temos — mas não sinto culpa pela eleição dele, porque sendo eu monárquico, por regra não voto para presidente da república (há excepções à regra).

marcelo arabe web

Desde logo, a criatura confunde “Islamismo” com “raça” ou etnia — o que é característica da truculência fraudulenta da extrema-esquerda. O Islamismo não é uma raça ou uma etnia.

O Islamismo é um princípio de ordem política embutido numa suposta religião.

O Islamismo não é coisa “árabe”; por exemplo, os turcos, que foram “donos” do califado islâmico durante séculos até ao princípio do século XX, não são árabes. Os paquistaneses ou os bangladeches não são árabes, mas são maioritariamente muçulmanos. Os indonésios não são árabes, mas são muçulmanos, e a Indonésia é o maior país muçulmano (em número de fiéis) do planeta. E por aí fora.

O próprio Maomé não era filho de árabes; a sua (dele) mãe era judia.

Identificar o “Islamismo” com a ocupação “árabe” da península ibérica é própria de um vigarista ideológico; mas identificar os árabes ocupantes com a população portuguesa do pós-independência é próprio de um filho-de-p*ta — desde logo porque a maioria da ocupação islâmica da península ibérica não foi feita por árabes (os árabes eram apenas as elites políticas), mas antes por berberes que pertenciam a haplogrupos diferentes dos dos árabes (eram raças diferentes). E depois porque, com a derrota dos mouros, estes fugiram maioritariamente para o reino de Granada em Espanha e para Marrocos.

O português médio tem mais ADN do homem de Neanderthal (entre 1 e 2%) do que ADN árabe; e tem (em média) muitíssimo mais sangue judeu do que árabe.

segunda-feira, 17 de novembro de 2025

Kant foi o último filósofo do Iluminismo


A professora Helena Serrão publica aqui um texto “filosófico”, escrito por uma novelista de seu nome Muriel Barbery, que confunde os conceitos de “literatura” e de “filosofia”.

O texto de Muriel Barbery incorre em um erro comum, que consiste em classificar Kant como membro da corrente filosófica idealista (idealismo). Olavo de Carvalho cometeu esse mesmo erro, e a Wikipédia também.

“Kant foi o último filósofo iluminista” (palavras de Bertrand Russell corroboradas por Nicola Abbagnano).

O equivoco do referido texto vai mais longe: também classifica Husserl de “idealista”.

Quando temos dificuldade em entender um sistema filosófico, dizemos dele que é “idealista”. É assim que Husserl e Lavelle, por exemplo, são também classificados de “idealistas” por muita gente, porque são filósofos muito difíceis de compreender.