quinta-feira, 13 de novembro de 2025

¿Como é possível ser simultaneamente marxista e católico?


“José Manuel Pureza, 66 anos, professor universitário, coimbrinha e católico assumido, prepara-se para suceder a Mariana Mortágua na liderança do partido.”

O herdeiro sereno do caos bloquista

O Grande Acusador utiliza os mais sofisticados disfarces e tramas para nos enganar. Ao contrário do que aconteceu com o arcanjo católico e bíblico, os arcanjos marxistas impedem o Homem de escapar dos seus paraísos.

pele de cordeiro webPureza é um marxista; por definição e pelo princípio lógico da não-contradição, não pode ser católico — a não ser que o Pureza tenha repudiado o marxismo, o que não faz sentido porque se candidata a líder do Bloco de Esquerda: um líder do Bloco de Esquerda que não seja marxista é uma contradição com pernas.

O Grande Acusador triunfa completamente quando não deixa nem rasto nem impressão digital.

Pureza será o líder do Bloco de Esquerda mais perigoso desde a fundação daquele partido, porque é um lobo com pele de cordeiro: naturalmente que ele pode enganar muita gente, mas não deveria enganar o clero católico que (supostamente) tem formação teológica.

Porém, se o objectivo da actual Igreja Católica é simplesmente organizar um paraíso terrestre, os padres católicos não fazem falta: para esse desiderato, basta o diabo e os seus acólitos puritanos e/ou bloquistas.

O Pureza não resistiria a cinco minutos de debate comigo acerca da relação entre o marxismo e o catolicismo; mas tentará certamente aldrabar o povo. Parafraseando Augusto Santos Silva: “o Pureza quererá ser um Chico-esperto, mas fará figura de Aldrabilhas”.

segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Uma Justiça enviesada irá tornar o ambiente político irrespirável


Imaginem um cartaz do Bloco de Esquerda com as seguintes frases: “A lei é para todos”; e “os capitalistas têm que pagar impostos”.

capitalistas impostos web

Não lembraria ao careca que a AEP fosse processar a Mariana Mortágua por injúria ou difamação — porque o cartaz seria de Esquerda.

ciganos cumprir a lei web

Mas se o cartaz é de Direita — como é o cartaz dos “ciganos que têm que cumprir a lei” —, então já vale a judicialização da política, e a intervenção de uma Justiça enviesada e injusta.

Aplica-se aqui o conceito de tolerância repressiva de Herbert Marcuse:Tudo o que vem da Esquerda é bom, e tudo o que vem da Direita é mau”. E os juízes da república das bananas assinam por baixo.

quarta-feira, 5 de novembro de 2025

O argumento segundo o qual “o André Ventura não é católico”


Os me®dia e os jornaleiros invocam amiúde a pretensa hipocrisia de André Ventura, alegadamente porque ele vai à missa mas não defende as portas abertas à imigração. Para tal, o jornalixo invoca o papa Chico e o Leão XIV — mas os jornaleiros nunca dizem a verdade: o Estado do Vaticano não acolheu um só imigrante!

Que fique bem claro: nem o Cristianismo nem o paganismo defendem éticas altruístas.

Tanto a moral cristã como a pagã são individualismos éticos que impõem deveres sociais apenas como meios para o aperfeiçoamento individual terreno, tendo em vista a salvação.

O facto de o Estado do Vaticano não ter acolhido um só imigrante diz bem da hipocrisia do Leão XIV. Aqui, o hipócrita não é André Ventura que apenas segue o padrão ético tradicional do Cristianismo: o hipócrita é o Leãozinho, porque defende que se deve fazer uma coisa e faz outra (bem prega Frei Tomás…!).

Sobre o campanário da igreja moderna, o clero progressista do Leãozinho, em vez de uma cruz, coloca um cata-vento para seguir caninamente o Espírito do Tempo.

A Igreja Católica — até Concílio do Vaticano II — evitou o seu esclerosamento em seita quando pediu ao cristão que exigisse a sua própria perfeição, e não que a exigisse ao seu vizinho. Hoje, a Igreja Católica tende a transformar-se em uma seita.

A angústia da Igreja actual — a do Leãozinho — perante a miséria das multidões obscurece a sua consciência de Deus.

No seio da Igreja Católica actual, existem os “integristas” que são os que não perceberam ainda que o Cristianismo necessita de uma teologia com algumas alterações em relação à teologia tradicional, e existem os “progressistas” que são os que não perceberam que a nova teologia deve ser cristã. O falecido Chico e o Leãozinho fazem parte do grupo dos “progressistas”.

Os idiotas que noutros tempos atacavam a Igreja Católica, são os mesmos que agora se encarregam de a reformar. Há dois séculos para cá que o “Cristianismo primitivo” se acomoda, a cada novo decénio, às opiniões da moda.

Se a Igreja Católica do Leãozinho se converter num partido político (como já está a acontecer), as portas do inferno vomitarão quantos eleitores forem necessários para a submeter. Até ao Concílio do Vaticano II, a Igreja Católica absolvia os pecadores; hoje, a Igreja Católica do Chico e do Leãozinho absolve os pecados.

Já nada me espanta, vindo dos donos da Língua Portuguesa


O Henrique Pereira dos Santos escreveu o seguinte:

“Uma senhora imigrante, legalizada, morreu de complicações associadas à gravidez, depois de ter passado pelo hospital uma vez, a terem mandado para casa e depois o socorro não ter chegado a tempo quando, em casa, a situação se complicou.

É uma situação que poderia acontecer a qualquer mulher, embora menos provável em gravidezes mais bem acompanhadas.”

Eu levei muitos calduços da minha mãe — que era professora do Ensino Primário no tempo de Salazar — por utilizar o termo “mais bem”. Dizia a minha mãe que se devia dizer e escrever “melhor”, ou seja:

“É uma situação que poderia acontecer a qualquer mulher, embora menos provável em gravidezes melhor acompanhadas.”

Porém, hoje já não sei como escrever em português, porque já me deparei com situações inclassificáveis — absurdas, até. Por exemplo, já fui criticado, por intelectuais de Esquerda e nos comentários deste blogue, por usar vírgulas nos meus textos (!).

Provavelmente haverá alguém do ISCTE a afirmar que “mais bem” é português correcto e que sou eu escrevo mal a língua.

“A tudo se chega enquanto a vida dura”.

terça-feira, 4 de novembro de 2025

Temos que responsabilizar os donos dos meios de Comunicação Social


A Cristina Miranda escreve aqui um texto que merece atenção, nomeadamente logo o trecho de abertura:

“O que resta hoje [do jornalismo] são estruturas de activismo político disfarçadas de informação, a operar em conluio ideológico e com objectivos que pouco ou nada têm a ver com a busca da verdade.”

O problema é que não podemos atribuir a responsabilidade apenas aos jornalistas e às respectivas chefias das Redacções. Os jornais têm dono — como escreveu G. K. Chesterton na década de 1920 do século passado:

“A principal característica da governança moderna é a de não sabermos quem governa “de facto” — mais do que “de jure”.

Vemos os políticos, mas não os seus mentores; e ainda menos vemos os mentores dos mentores; ou (o que é ainda mais importante), não vemos o banqueiro do mentor.

Lemos a notícia sem ver o editor, menos vemos o proprietário do jornal, e ainda menos vemos o grupo financeiro (provavelmente estrangeiro) que realmente fornece e apoia o proprietário.

O anonimato, que anda muito próximo da anarquia, marca a nossa época com uma espécie de enorme negação. Os homens têm especulado muito sobre o nome pelo qual o nosso tempo vai ficar na História, mas eu penso que será a Idade Sem Nome.”

Os jornalistas radicais de Esquerda — por exemplo, o Daniel Oliveira do semanário Espesso — escrevem e reflectem nos jornais as suas ideias mais extremistas porque têm o apoio dos donos (ditos “liberais”) dos me®dia, como foi o caso do Chico dos Porsches.

O mundo liberal trata diferentemente os seus inimigos: vomita nos da Direita e absorve os da Esquerda; Pinto Balsemão não fez outra coisa senão isto.

Como afirmou Che Guevara em um discurso da ONU,

“Fusilamientos, sí. Hemos fusilado. Fusilamos y seguiremos fusilando mientras sea necesario. Nuestra lucha es una lucha a muerte.”

Para a Esquerda radical (Partido Comunista, Bloco de Esquerda, LIVRE, e uma determinada facção do Partido Socialista, como por exemplo António Mendonça Mendes, Isabel Moreira, Pedro Delgado Alves, Mariana Vieira da Silva, Alexandra Leitão, etc. ), Che Guevara está bem presente: a luta política é uma luta de morte; e os liberais (e os seus banqueiros) já aderiram à causa.

Não podemos esquecer que Pinto Balsemão fundou o canal de televisão SIC com financiamento garantido por altos dignitários do grupo de Bilderberg.

Mas — perguntaria o leitor — ¿como é que podem existir banqueiros “liberais” que apoiam e financiam a Esquerda radical?

A resposta a esta pergunta reside mutatis mutandis no conceito de “Grupo dos Trezentos”, de Fernando Pessoa [não esquecer que Fernando Pessoa tinha ascendência judia, por isso era insuspeito para falar deste assunto]. Não devemos esquecer que o regime comunista de Estaline foi financiado por Henry Ford (e pelos seus banqueiros) muito antes do inicio da II Guerra Mundial.

Em bom rigor, devemos distinguir entre o “liberalismo progressista”, que foi fundado em Inglaterra pelo Utilitarismo no fim do século XIX, e o “liberalismo tradicional” que se extingue com o triunfo cultural do Utilitarismo de John Stuart Mill — o mesmo Utilitarismo que Karl Marx dizia que era “uma moral de merceeiro inglês”, e que hoje é plenamente adoptado pela Esquerda portuguesa (Partido Comunista, Partido Socialista, LIVRE, Bloco de Esquerda e PAN).

Hoje temos uma luta de morte; mas não é só contra a Esquerda radical: é também contra o liberalismo dito “progressista” que apoia o extremismo totalitário.